Até a primeira quinzena de junho,
traremos para Petrolina [PE] um centro de pesquisa e desenvolvimento, com
investimento de R$40 milhões, e que vai estudar energias alternativas para a
região, indicou o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, que participa do
1º Fórum de Energias do Sertão, organizado pela Federação das Indústrias do
Estado de Pernambuco (FIEPE), em parceria com o Sebrae, e que acontece durante
todo o dia desta quinta-feira (27), no auditório do Senai.
“O centro deve ficar pronto em dez
meses e nossa expectativa é aproveitar o aeroporto, universidades, escolas
técnicas e o Sistema S, para convergir os futuros estudos e podermos
transformar a cidade num polo de tecnologias energéticas”, afirmou ao público
do evento. “O Brasil está voltando a crescer e nós precisamos estar integrados
nesse crescimento, principalmente no setor elétrico, cujo potencial é enorme”,
acrescentou.
O fórum visa estimular debates e
ideias sobre o futuro energético no Nordeste e promove seminários, debates e
cases de sucesso. Além de Fernando Filho, participaram o presidente da FIEPE,
Ricardo Essinger, a diretora técnica do Sebrae-PE, Ana Cláudia Dias, o prefeito
de Petrolina, Miguel Coelho (PSB), o secretário estadual de Micro e Pequena
Empresa, Alexandre Valença, o diretor-fundador do Centro Brasileiro de
Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, e o presidente da Associação Brasileira
da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato.
Adriano Pires, palestrante convidado
e um dos maiores especialistas em Energia, disse que a instabilidade do setor e
políticas pouco claras afastavam os empresários na hora de investir no parque
energético do país. Segundo ele, uma solução para baratear a conta que chega ao
consumidor é “promover a geração de energia distribuída”. “O Brasil precisa
desenvolver políticas energéticas mais regionalizadas. Não faz sentido criar um
parque eólico aqui no Nordeste para gerar energia para São Paulo, em que temos
de fazer linhas de transmissão, gastar rios de dinheiro e ainda há a perca de
energia durante a transmissão”, diz.
Programação
A programação do fórum iniciou às 9h
com a formação de uma mesa redonda composta por empresários, especialistas e
autoridades da área. Em seguida, a FIEPE promoveu a conferência ‘A Indústria e
Setor Energético’, apresentou cases de sucessos nos setores de Alimento,
Bebidas e Agroindústria, além de expor projetos de automação energética e
edificações inteligentes. O prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, recepcionou
os visitantes e adiantou que as portas estão abertas para quem quiser investir
na cidade. “O município tem apetite por parcerias”, disse.
Já o presidente da Abinee, Humberto
Barbato, seguiu o mesmo caminho dos palestrantes do evento. Apresentou um
histórico dos investimentos brasileiro em energias alternativas e apontou quais
as ações necessárias para o aproveitamento máximo das fontes energéticas.
À tarde, o fórum continuou com as
palestras: ‘Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) no cenário energético do Sertão’,
‘Linhas de apoio e fomento a fontes alternativas de energia’, ‘Oportunidade pra
energia solar no Semiárido’, ‘Eficiência energética – como reduzir custos’, e
os debates envolvendo representantes da Chesf, Celpe, Aneel, CBIE e FGV.
No encerramento, o presidente da
FIEPE, Ricardo Essinger, fez um balanço do evento. “Esse é o momento ideal para
a discussão. Primeiro porque nossa região é ícone em geração de energia. O
fórum discutiu problemas estruturais da cidade, estado e do país. E as
presenças do ministro, membros da agência reguladora e dos especialistas
tiveram o objetivo de dar um norte a esses problemas”, concluiu.
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